Hoje já sabemos muitas coisas sobre inteligência graças a contribuição da psicologia, neurociência, ciência da informação, entre outras… no entanto ainda temos muito o que aprender.
Embora não haja uma definição universal sobre o que é inteligência e os conceitos são nebulosos e uns até polêmicos, pode-se afirmar que o comportamento inteligente seja a capacidade de lidar e aprender com os estímulos que o mundo oferece, podendo até gerar os próprios estímulos, desenvolvendo estratégias para encontrar soluções, isto é: a capacidade de lidar com a novidade.
Hoje se fala muito em Inteligência Artificial (confesso que ainda não compreendo perfeitamente o conceito), e que muito em breve fará com que coisas sejam também inteligentes: robôs, smartphones, câmeras inteligentes, carros inteligentes, edifícios inteligentes, semáforos inteligentes, etc. Nesse andar, muito em breve, acredito eu, infelizmente, imagino a seguinte cena: eu em minha casa inteligente, contaminada de Internet das Coisas, onde todo eletrodoméstico é mais inteligente que aquele que o “possui” e, dentro de minha modesta humanidade, cometo um deslize ao tentar pôr roupas para lavar e, de repente a i-Brastemp me dá um belo pito, ou até mesmo receber um sermão da sanduicheira para que me contenha e passe a me alimentar adequadamente.
E assim caminha a humanidade… são tantas facilidades…
O final disso tudo é difícil imaginar, mas pode ser que, muito em breve, o homem se torne o único ser estúpido do universo.
João Marcos Vieira